terça-feira, 17 de janeiro de 2017

Sozinho

Se eu abro o caderno e a inspiração não vem,
 fico no clima de desdem.
 Desdenho minha cabeça
  deixo o coração letrar,
 às vezes,
 acho algo interessante que vale a pena publicar,
 às vezes,
 mais besteiras que uma programação de domingo na televisão.
 A audiência para solidão aqui é enorme,
 abraço-me,
 sorrio-me, 
encanto-me.
 Sozinho
 como um passarinho
 que perdeu o ninho,
para caminhar.
 Não tenho caminho
 acompanhado de mim, 
senhor da solidão.
 Só tem fim,
quando o sono
se possui de mim
e mais uma vez 
abraço-me
sorrio-me
encanto-me
 Sozinho.
e como

nao manjo

  Penso que sei escrever,
 diante dos meus garranchos,
 sou professor na arte do arranjo,
 só não me arranjo,
 mas estou sempre arranjando
 um jeito,
 mesmo que ilusório de me arranjar.
 Acho que necessito do sofrimento,
dias obscuros
são necessários
para que os dias claros
possam
valer a pena!